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Foto do escritorXV Grão-Mestre da GLNP

Manifesto pela Paz e Tolerância



Em pleno século XXI é inadmissível que a Humanidade se encontre ainda envolvida em diversos conflitos armados e guerras destrutivas, enquanto o mundo avança positivamente em tantas áreas, a violência e o derramamento de sangue persistem causando sofrimento indescritível e perpetuando um ciclo interminável de dor.


Este manifesto é um apelo apaixonado a todos os envolvidos em conflitos extremados para que reconsiderem as suas posições, para que escolham a paz e a luz ao invés da destruição e da condenação eterna.


É preciso entender que num mundo cada vez mais interligado a guerra não traz benefícios duradouros a ninguém, as vidas perdidas, as comunidades destruídas e a estagnação económica resultante de sucessivas convulsões deixam cicatrizes profundas que podem levar gerações a sarar.


Ninguém é verdadeiramente vencedor numa guerra, aqueles que triunfam num conflito armado frequentemente enfrentam desafios e responsabilidades enormes na reconstrução de nações e sociedades dilaceradas, muitas vezes, fazem-no com o fardo da culpa pelas inúmeras vidas perdidas e pelo sofrimento infligido a tantos inocentes.


Em cima de tudo isto os nossos preciosos recursos naturais estão a ser drenados para sustentar máquinas de guerra que perpetuam o sofrimento humano, é hora pois de questionar a lógica por trás de tais empreendimentos tão destrutivos.


Não poderemos jamais esquecer que a história está repleta de exemplos de líderes e nações que optaram por dar um primeiro passo em direção à paz e à reconciliação, Mahatma Gandhi e Martin Luther King Jr. são ainda hoje ícones da não violência pois demonstraram que a mudança pode ser alcançada através de meios pacíficos, a história também nos mostra que acordos de paz e diálogo podem levar a soluções duradouras e benéficas para todas as partes envolvidas.


Hoje, a tecnologia e a comunicação transformaram este nosso mundo numa pequena aldeia, a troca de informação e a conexão global são agora mais acessíveis do que em qualquer outro momento da nossa história, isso dá-nos assim uma oportunidade única de tentarmos esbater as nossas diferenças através do diálogo, da negociação e do entendimento mútuo onde a paz e a tolerância são mais do que um mero ideal, elas são agora uma necessidade premente.


Devemos lembrar também que a tolerância e o respeito pelas diferenças são valores fundamentais numa sociedade civilizada, a diversidade é uma força, não uma fraqueza.


Aceitar e celebrar as nossas diferenças torna-nos mais ricos e fortes como sociedade, as guerras muitas vezes surgem de preconceitos, estereótipos e falta de compreensão.


É hora de superar essas barreiras e abraçar a diversidade como uma força motriz para a paz.


É compreensível que as questões em disputa sejam profundas e emocionais, mas a violência nunca é a solução, é necessário reconhecer que, para alcançar um entendimento, ambas as partes deverão estar dispostas a ceder em algumas das suas posições, isso não é sinal de fraqueza mas sim de sabedoria e compreensão de que, em última análise, a paz e a coexistência pacífica são valores mais elevados e importantes do que qualquer ganho efémero.


Neste século, a Humanidade enfrenta uma vez mais desafios globais sem precedentes de onde se destacam as mudanças climáticas, a pobreza e a desigualdade, resolver esses problemas requer comprometimento total e solidariedade, infelizmente tantos conflitos só nos distraem dos desafios verdadeiramente essenciais e estruturantes para a nossa sociedade.


Concluindo, fazemos daqui este apelo às partes extremadas envolvidas em conflitos: reconsiderem as vossas posições, procurem o diálogo, o compromisso e a paz, a história está a observar-nos e o futuro das nossas gerações depende das escolhas que fazemos aqui e agora.


Dêem o primeiro passo em direção à paz e à luz, a humanidade merece um mundo melhor, um mundo onde a tolerância, a compreensão e o diálogo prevaleçam sobre a violência, o medo e a guerra.


Juntos, iremos construir um futuro mais brilhante para todos.


Assim disse,

19/10/2023


Nuno Tinoco

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